Opressões

 

"Por mais violentamente repressiva que seja uma classe dominante, seu instrumento preferido de dominação não é a violência e sim a ideologia. Para ela, é necessário que os oprimidos acreditem que a sua condição é natural e justa, que nem a reconheça como opressão."

Machismo

"O feminismo nunca matou ninguém. O machismo mata todos os dias"

 

Ao mesmo tempo em que o período que se projeta tem se intitulado como “século das mulheres”, as mulheres continuam sofrendo opressões. Demonstrando que o atual problema que se coloca não é apenas uma questão de gênero, mas um problema com origem muito mais amplo. As opressões sofridas pelas mulheres não partem de um questão subjetiva, apenas, mas em um plano concreto.

As mulheres ganham salários menores que os homens nas 179 nações, segundos dados do do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). E mesmo em situações em que ocupam os mesmos cargos tem salários menores. Além disso, as mulheres ocupam posições no mundo do trabalho em profissões que são “secundárias”, basicamente em espaços informais, em que a instabilidade de garantia de trabalho é constante. Para ascender socialmente temos um efeito que chamamos de “teto de cristal”, que se constitui uma barreira para as mulheres na busca por melhores condições de trabalho e remuneração, que no caso de mulheres negras seria chamado de “teto de cimento”.

Segundo a Fundação Perseu Abramo uma mulher é agredida a cada 15 segundos no Brasil. Os casos mais comuns de violência são controle/cerceamento e violência física, ou que envolva uma ameaça física e a violência psíquica ou verbal. A violência sexual acomete 10% das mulheres. Nem as grávidas escapam da violência doméstica. Uma em cada cinco é vítima de agressão física, sexual ou psicológica durante a gestação.

Além disso, se a mulher se ausenta dessa responsabilidade de produzir, e sobretudo, de reproduzir na lógica capitalista, optando pelo aborto enquanto forma de decisão se quer escolher ter filhos ou não ela sofre criminalização. O aborto é mais freqüente entre as mulheres com baixo nível de escolaridade: 23% daquelas com até o quarto ano do ensino fundamental, contra 12% entre as que concluíram o ensino médio. A proporção de mulheres que fizeram aborto cresce de acordo com a idade. Vai de 6% (dos 18 aos 19 anos) a 22% entre as de 35 a 39 anos. Não observando diferenças entre grupos religiosos pelas mulheres que optaram por realizá-lo.

Hoje temos uma falsa idéia que as mulheres podem optar e decidir sobre seus corpos quando na verdade seus corpos não passam de mercadorias. A sociedade em que vivemos a mercantilização como a principal característica das sociedades baseadas no liberalismo econômico. Nesse modelo as relações entre as pessoas passam a ser mediadas pela relação com a mercadoria. As mercadorias parecem ter um valor em si, o que esconde a enorme quantidade de trabalho das pessoas necessário para produzi-las.

 

 

Arquivos

 

Da origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado - F, Engles

Caderno de Análises da Organização Feminista SempreViva

Quem faz o trabalho reprodutivo?

Pesquisa da Fundação Perseu Abramo (2011) - As mulheres brasileiras nos espaços público e privados

Racismo
 

"Às vezes me chamam de negro,
Pensando que vão me humilhar
Mas o que eles não sabem é que só me fazem lembrar,
Que eu venho daquela raça, que lutou pra se libertar"
 

Alguns arquivos

 

AÇÃO AFIRMATIVA - É necessário uma nova abolição

 

ANDES - O racismos mantém as desigualdades

 

Para acessar

 

UNEAfro Brasil  - União de Núcleos de Educação Popular para Negras/os e Classe Trabalhadora

Que nada nos defina. Que nada nos sujeite. Que a liberdade seja a nossa própria substância

 Simone de Beauvoir